Especial: as melhores romhacks – Parte 5

fevereiro 2, 2009 at 4:05 pm 7 comentários

por maxi

Chegamos a quinta e última parte de nossa matéria especial, que desta vez deve agradar principalmente os fãs de Zelda. Acompanhem a seguir.

BS Zelda

Alguns já devem ter ouvido falar do Satellaview, um acessório para o Super Famicon que era encaixado na parte de baixo do console e permitia aos usuários navegarem por canais da Nintendo através de um satélite, seja para ver informações sobre jogos e empresas ou até mesmo para baixar jogos e grava-los em uma espécie de cartucho de backup do aparelho. Apesar de fazer um sucesso regular, o Satellaview nunca saiu do Japão, e junto dele “morreram” vários jogos exclusivos e versões modificadas dos já existentes, entre eles F-Zero 2, Radical Dreamers (adventure que dá seqüência a Chrono Trigger e anos mais tarde viraria Chrono Cross no PSX), entre outros, incluindo 3 jogos da série Zelda, que hoje são conhecidos como BS Zeldas, e que falaremos aqui.

O primeiro deles é BS Zelda no Densetsu – Map 1/ Map 2, que se trata de um remake do primeiro Zelda de Nintendo, com gráficos em 16-bits e o layout da maioria dos lugares modificado. A premissa do jogo era a seguinte: após se conectar ao serviço, o jogo estaria com um relógio em tempo real. Determinados eventos só aconteceriam em determinados horários, como a abertura de uma Dungeon, fadas que surgiam no mapa para recuperar a energia, um determinado item de seu inventário receberia um upgrade para o próximo nível, etc, semelhante a nossos MMORPGs de hoje. O jogo era dividido em capítulos, cada um disponibilizado em uma semana diferente e com novos eventos para download, sendo que só cabia um deles por vez no cartucho. O jogador também poderia escolher qual dos dois personagens iria representar ele, um garoto de boné e uma menina ruiva (ambos mascotes do sistema), e os jogadores que fizessem tarefas árduas, como matar X inimigos ou passar de uma dungeon no limite de tempo, recebiam pequenos brindes da Nintendo.

O segundo é o BS Zelda no Densetsu – Kodai no Sekidan (Ancient Stone Tablets), com jogabilidade muito semelhante ao Link to the Past. A história gira em volta dos mesmos dois protagonistas, que foram trazidos ao mundo por Zelda para deter o avanço das forças do mal. Você basicamente está no mundo de Link to the Past, mas com várias coisas novas, mais side quests, e alguns outros detalhes diferentes, como a história. Mais uma vez existe a influência do tempo no jogo. Você possuía um tempo específico em que podia ficar no jogo por partida, e ali podia seguir em frente na história, realizar outros objetivos, ou cumprir pequenas tarefas impostas pelo “servidor”, que desta vez conversava com os jogadores através de uma voz. De semana em semana, novas áreas do mundo eram desbloqueadas, até a quarta semana, onde o jogo podia ter seu desfecho. Cutscenes também estavam presentes, e estas também possuíam vozes, e mais uma vez um ranking presenteava os jogadores por seus esforços.

Por fim, o terceiro jogo é o BS Zelda no Densetsu – Triforce of the Gods, que é simplesmente o Link to the Past, mas em formato de jogo do Stellaview, mais uma vez com os dois mascotes do aparelho no lugar de Link.

O terceiro jogo não nos interessa, já que é praticamente o Zelda que todos já jogamos. Mas e quanto ao primeiro e o segundo? Aparentemente eles são impossíveis de serem jogados sem estar conectado ao canal original, recebendo atualizações, vozes, cutscenes e todo o resto. Certo?

Não, errado. Graças ao maravilhoso mundo da emulação e das romhacks, nós podemos jogar eles como jogos normais. O site zeldalegends, reunindo patches criados por talentosos programadores, montou várias versões dos dois jogos onde problemas como a falta de tradução, passagem do tempo e download de conteúdo foram resolvidos. Esses vários patches podem ser baixados individualmente lá mesmo e aplicados nos jogos como o jogador bem quiser, mas também já existem as versões prontas com combinações deles, como uma em que Link é incluído no jogo mas você precisa correr contra o tempo para conseguir termina-lo em seu curto espaço de 4 horas (onde todos os eventos acontecem aí). Já outro não possui a passagem de tempo, e consequentemente faltam alguns eventos. Em fim, fica a gosto do jogador.

Porque você deve jogar?

Você gosta de Zelda? Gostaria da possibilidade de jogar dois jogos oficiais da série, raros e que provavelmente nunca serão relançados? Ótimo, pegue o que precisar para jogar os dois no zeldalegends e seja feliz.

The Legend of Zelda – Parallel Worlds

Legend of Zelda – a Link to the Past saiu bem cedo na carreira do Super Nintendo, embora seus gráficos e idéias são considerados bem avançados para a época. Anos e anos mais tarde, tivemos Ocarina of Time para o Nintendo 64, trazendo ainda mais idéias que estavam a frente de seu tempo. Então, um belo dia, um programador resolveu implantar algumas dessas idéias em Link to the Past para ver o que dava. E não é que tivemos um bom resultado?

Legend of Zelda – Parallel Worlds, apesar de um hack de LttP, é quase um jogo novo da série. Mais de 90% das áreas foram modificadas, não apenas no layout, mas também com novos sprites (alguns emprestados dos BS Zelda, outros desenhados do zero). Temos também uma nova história, que incluí personagens que apareceram em jogos posteriores, novos inimigos, novos equipamentos (muitos retirados de OoT), um novo mapa, novas músicas (segundo o criador, as melhores foram mantidas). Enfim, jogo novo, partida nova.

Porque você deve jogar?

Alguns poucos bugs estão presentes, prometidos de serem removidos em uma futura atualização (que não virá tão cedo como pensam), e a dificuldade está quase tão elevada como a de Super Metroid Redesign, mas não deixem isso assustar vocês. Basta passar da primeira parte do jogo (tirar a Zelda de dentro do castelo), que você vai ver o quão evoluído o jogo é. Além do mais, embora aceitável em meados de 92, hoje ninguém merece jogar com o Link de cabelo tingido de rosa (ui!), embora naquela época ele ainda conseguisse enganar alguns jogadores em relação a sua orientação sexual… (mas a mim ele nunca enganou!).

E isso é tudo pessoal! Espero que tenham gostado das dicas que demos a vocês nessa matéria especial. E lembrem-se, novos hacks estão sempre surgindo, e assim que aparecerem outros de boa qualidade, eles serão apresentados aqui.

Segue o link para a página de BS Zelda, que é um pouco complicada de navegar, mas contém várias informações sobre o jogo e as roms com os patches já aplicados: http://bszelda.zeldalegends.net

Agora, o link para a página de The Legend of Zelda – Parallel Worlds: http://zeldaparallelworlds.googlepages.com

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7 Comentários Add your own

  • 1. Icyfrodo  |  fevereiro 2, 2009 às 5:48 pm

    Não é um Rom Hack mas é um Game Freeware ótimo paródia da série Zelda lançado esses dias … Legend of the Princess .

    O trabalho nos sprites do jogo é lindo , no geral é um Zelda 2D muuuuuito bom pra quem quiser : http://konjak.org/ aproveitem é freeeeeeeeee

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  • 2. Tottou  |  fevereiro 2, 2009 às 9:38 pm

    Irei baixar vigorosamencte. Zelda, a link to the past é puro carisma.

    Responder
  • 3. Rafael "Barry" Ventura  |  fevereiro 3, 2009 às 3:11 pm

    Não sei se alguém perguntou, mas você não vai falar daquele Streets of Rage?

    E quem algum dia pensou que o Link era hetero?

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  • 4. maxi2099  |  fevereiro 3, 2009 às 3:33 pm

    Não porque ele não é uma rom. Talvez será falado aqui futuramente se tiver uma matéria sobre remakes, fâ games em geral, ou por aí.

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  • 6. robsonsfranca  |  fevereiro 4, 2009 às 12:55 am

    Tenho uma sugestão também, embora não seja um hack em si: a tradução em português do Phantasy Star IV. Um trabalho espetacular. Sobre os Zeldas: pela história que você contou Maxi, a Nintendo antecedeu a Microsoft em vários anos com coisas como conteúdo baixável e achievements. Por que será que a Nintendo não entrou com tudo isso de novo na era Gamecube?

    Abraços

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  • 7. Camila Schafer  |  fevereiro 4, 2009 às 7:03 pm

    Meu jogo preferido!!

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